Chamadas lula, na Suécia; berceuse, na França; ninnananna ou cantilena, na Itália; kalebka, na Polônia; lulle, na Dinamarca; rurrupatas, no Chile; canción de cuna, na Espanha; lullaby na Inglaterra e Estados Unidos; lullen, na Holanda, canções de embalar, em Portugal; komoruita, no Japão; cantec de legan, na Romênia, cantigas de mucuru, entre os indígenas brasileiros.
Nina-nana é o tom ritmado da voz de quem embala a criança, e é também o nome que se dá à "cantiga de acalentar".
Leite de Vasconcelos distingue três tipos de cantigas: as de berço (ou embalar), as de acalentar e as complexas que servem para embalar e acalentar.
Os temas das cantigas são os temas religiosos como os anjos, os pais ausentes, e as entidades míticas do sono como o João Pestana além das entidades assustadoras de crianças como o papão e a coca.
"O feio bicho papão
Está em cima do telhado
Para ver se o meu menino
Está no berço deitado."
"Vai-te coca vai-te coca
Sai de cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado."
"Dorme filhinho, dorme meu amor, que a faca que corta dá talho sem dor."
O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira não registra o vocábulo coca (côca), e sim cuca significando bicho-papão, coco, papa-gente, tutu, bitu, boitatá, papa-figo. A coca (côca) ou cuca é um bicho imaginário frequentemente usado para fazer medo às crianças que não querem dormir.
No sul do Brasil mantém-se a figura da cuca, mencionada na obra de Monteiro Lobato. No nordeste, a referência foi perdida, como mostra a substituição na canção de ninar:
"Chô, Chô pavão
Sai de cima do telhado
Deixa o menino dormir
Seu sono sossegado."
No Brasil, dentre as mais conhecidas estão o Dorme nenem (folclore do Nordeste do Brasil, recolhido por Luís da Câmara Cascudo) e o Boi da cara preta (de Dorival Caymmi).
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